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terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Soneto da Calma.

São como trilhas compostas por sombras
sombras que são feitas de espinhos
espinhos perfurando obscuros caminhos
caminhos doídos dos quais não lembras

Lembranças com as quais fico sozinho
sozinho como um estranho em meu ninho
ninho tecido de folhas e palha que fala
fala quão duro, doloroso que quase empala

Empala, a própria alma com trauma
traumas de tantos anos traçados na palma
palma da mão e nos espírito que não se acalma

Calma que alivia, que esfria, que exalta
exalta como a paz, te conduz como som da flauta
flauta de som magnífico, levando pra onde nada falta.

domingo, 11 de dezembro de 2011

E são como feridas na alma
as vezes como gritos que não se calam
e o tipo de coisa que rouba a calma
são sentimentos dos quais não se falam

Em busca da paz são caminhos para onde se vais
é como reservas de lágrimas que se esvai
e quando suas próprias memórias te traem
e la do fundo doeres se extraem

Porém logo secam-se as lagrimas
brota de dentro um garra para lutar
palavras longínquas vem pra acalmar
e logo palavras e rimas jogam o moral pra cima.

domingo, 4 de dezembro de 2011

Dr. Sócrates.

Sócrates, "pensandor" este doutor,
que a bola muito bem sabia tratar,
e a cerca do ser humano refletir 
mostrando, lutando fazendo seu pensamento fluir

Da democracia corintiana foi o mentor
montar um pensamento, uma ideologia ajudou
E como jogava bola esse Doutor 
ele e seu calcanhar matador

Então ele eu imagino, com sua cerveja
pra outro plano partindo, alvinegro de emoção
criticando e sorrindo, o nosso Coringão
esperando que este seja enfim penta-campeão!

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

CORINTHIANS

Se me perguntam o que é este CORINTHIANS?
Respondo, são sonhos, são amores que se partem
pelos corações de mais de 30 milhões
de loucos que bradam, flamejam e de suas vidas dispõem.

em nome desta paixão inexplicável, seja insana
ou saudável, da mansão ou cabana
é algo que simplesmente emana do peito sofrido,
pois este Corinthians é a cara de um povo ressentido,

Que luta, que não desiste, que acredita
que tira forças de si para, que vibra até o último segundo,
e segue clamando: VAI CORINTHIANS.

Do peito desses sofredores, fieis torcedores,
em suas veias correm algo diferente: Lembra de Luizinho, Rivelino e Basílio,
do grande Marcelinho, e trás e em seu coração o eterno Corinthians, o meu TIMÃO!

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Soneto de explicação.

O mundo espera, e impõe respostas
as quais a dar as pessoas não estão dispostas
te jogam toda uma suposição
que mais se assemelha com imposição

Como se você tivesse obrigação
de responder queira você ou não
te pressionam te exigem disposição
respostas que já há dentro delas de antemão

Livre-se das concretudes
pois caso contrario apenas se ilude
e torna o outro como quem te ilude

Pare de procurar culpados
pois caso contrário ficarão todos calados
pois sentimentos e corações são belos e delicados.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Soneto de Sofrimento

Hoje eu estou cinza,
e não pela bela mistura do alvinegro
Corinthiano, mas permeado pela tristeza
que nem com as belezas das paisagens me alegro

Do riso que me falta, da palavra que se cala
entre os risos e lágrimas que se intercala
de fendas abertas no peito que sangram,
de bonitas lembranças que estancam

De memórias dolorosas vividas
de oportunidades que viu-se perdidas
e belas ideias, de dentro suprimidas

Mas de um futuro que se promete promissor
De uma vida que deve ser vivida com amor
Que enfim suprimirá a duras penas toda dor.

sábado, 29 de outubro de 2011

Nebulosa

Noite nebulosa cheia de dentes
que afiados cerram-se para me pegar
com toda essa paixão, louca ardente
e depois vem com o preço a se pagar

Dentes cheios de sorrisos criados falsamente
maliciosos, cheios de impulso inconsequente
Delinquente com ar de insolente, sem por que galgar
fica assim pálido, preso a um único hangar

Preso a uma única paixão, até ciente
de que o resto todo em sua vida se encontre ausente
são mentiras que ao esquecimento está fadada, fugas
melancólicas, sensação nebulosa de vidas amargas.

Eu´s

Se o meu corpo é minha casa
tenho eu que cuidar dessa casca
que de mal tratada falha
voa velada pelo vento, como a folha

Defendendo-se através de vertigens
de pavor e virtudes dignos de virgens
que ao se deparar com luxuriosa perversão
desse perverso mundo de que são,

Maltratada casca recheada de ilusão
bem, mal, dessa paradoxal paixão
que remete a vida introvertida,
de efemeridades, que pura e simplesmente é regida

Régia forma patética de existir
que em momentos friamente nos pautamos no devir
de algo que se quer aconteceu
sendo eu, tão degenerado quanto Prometeu.

Mente

Perdido pelos caminhos, desvios
tomado pelos ventos e seus assovios
confuso, tomado pelos sons
que não se entende, esquecendo-se os dons

Que transforma imagens em sons
e para, não se metamorfoseiam em palavras
não se transfigurando em diferentes  linguagens
se limitando ao nada, como terra que não se lavra

Estéril mente pelo real abafada
lacerada que pela realidade é destroçada
alçada aos cães para que dela nada sobre
e dela sobrou apenas partes rasgadas de idéias pobres.

sábado, 10 de setembro de 2011

Vinte e Cinco

Hoje meio que atordoado fiquei pensando em círculo
Nervoso, agitado, beirando ao ponto ridículo
Mas estes,  vão me cobrir como o barracão é pelo zinco
Perplexo, quão complexo que são meus vinte e cinco

Poético, senão cético com atos patéticos
Pensares e dizeres que se reinventam em tons épicos
Trágicos, assim como, também uma comédia
que com as banalidades das formalidades se entedia

E cada dia que passa ou passou, forjou com prazer e dor
Amor, e tantas outras formas humanas de sentir da vida o ardor
Poque é o que faz-nos sentir vivos capazes seja do que for
Nos movendo pela face dessa terra convivendo com a tranquilidade e o temor.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Impressões

Se somos a soma do que nos falta ou nos basta
Se sendo também assim uma ordem acatada
Sigo eu sozinho, tropeço pelo caminho não sendo nada
Numa sinuosa e fugaz fuga de toda a medida exata,

Desgastadas são absolutas certezas dos bares ou das igrejas,
e as irrevogáveis verdades que todos os dias são ditas a mesa
para que compartilhes com o mundo e que no seu rumo estejas
para que em teu coração e tua alma cries toda uma frieza

Que te petrifica te limitando ao que é pelas ondas transmitido
Sobre tanta coisa, sobre isso ou aquilo, e que se deve ser, iludido
Trancado no seu quarto, de paredes repletas de respostas sólidas
Que ignoram que não toleram, diferenças muitas vezes nítidas.

Logo sigo eu pelas guias, pelas ruas, pelos desvios estreitos
recuso-me a trocar janelas por grades ou camas por leitos
por entre os que se acham loucos, doutores, mendigos ou bêbados,
por entre minhas dores, e me fortalecendo no entendimento dos meus medos.



quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Minha Avó

O choro é a expressão de quem não tem palavras
quando não há agua, nem vinho a lágrima lava
banhando de tristeza meu peito e minha cabeça
pra tirar a dor pra que dela eu me esqueça

No entanto quanto egoísmo e querer manter cá comigo
alguém que os passos já não mais carregava consigo
e que a vida toda, a todos sua vida se propunha dar
e que nas mais acidentadas condições tentava andar

Há sim eu lamento, no entanto me nego a me desesperar
Pois a vó Doraci jamais gostaria de ver meu pranto rolar
Com as boas energias nesse fatídico dia, me ponho a emanar
Para que assim como o dia, a luz possa ela encontrar.

Vai em paz, dona Doraci.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Saturno

Ontem ao brilho do luar noturno,
descrendo do que via, mas estava ali, era Saturno
taciturno, o vi pairar no céu, ele e seu anel
em perpendicular, pomposa inspiração do menestrel

Proporcionado pelo telescópio que aponta o cosmos
posicionado por físicos e por astrônomos
para que com a beleza do infinitos possamos nos deleitar
pedimos, em silencio calado para la nos transportar

Como a esquerda se posiciona sua lua
 a sua direito quero eu me colocar, em órbita outra lua
para a imaginação e os pensamentos despertar
no coração sonhadores poéticos a saltar

Sendo mais poesia para vida contemplar
Seria a vã alegria de que há alguém a se inspirar
com a distante imagem fria,
de uma rocha talvez vazia, fazendo a alma pulsar.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Perguntas

Peguei minhas perguntas fui ao neurologista,
sem resposta sentei no divã do psicanalista
desenganado fui indagar o altruísta
lamentando cheguei ao pai de santo
chorando chamei o bispo de canto,
penso, e como me confundo tanto?
E buscando o estético fui ao protético
conversei até com o cético,
versando com mendigo, me senti patético
profético, foi o dialogo com a criança
o eremita versou-me sobre distancia
disse o estudante o quão a leitura cansa
resolvi pensar livre do livro a minha vida
juntei as partes das idas e vindas
subi no disco voador, e fui buscar outra saída.

Seres

Acordei pra ver a vida que brota
de cada pedaço, de cada pensamento
de cada simples alma exposta
a este sol amarelo, disposto

Para os que querem e os que não podem
sua luz aprisionar, em seu pequeno piquete
apartando-o de tudo e todos que sofrem
supondo que a melancolia não existe

E nunca existiu se quer o medo, tanto seu
como que se toda maravilha fosse no eu 
meu caro, deixe emanar de ti esse d'eus
de imperfeições e sonhos que sois

Deixe de ser maquina, você é.
Não queira ser Pedro, Paulo ou mesmo José
você já é, o que ninguém mais é, larga essa cruz
viva essa vida se embebedando em trevas e luz.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Camarada

Ei você meu irmão, com ideias e um giz na mão
Coração cravado de infinita intenção,
Que segue o seu curso, na água do rio
Parece que se assusta com este mundo vil

Covil, mas que é aconchego também
Aflige-te os frios corações de pedra
Que roubam de muitas almas ilusões, que vão além
Dessa torpe prisão interna que nos concreta

Caro camarada o bem e o mal inexiste         
Então porque insiste na busca da mais justa das posições
Se das entranhas mais internas emanam as humanas ações
Se num ponto alegre sorristes, em outro chorastes triste

A vida assim há de continuar flutuando, pairando
Pelas diversas formas de pensar, ou amar, compreendendo
Que estar vivo e ao mesmo tempo gozar da plenitude
E no nosso para-inferno padecer na infinitude

Que assim como um mar que se aparenta perdidamente calmo
Pode de repente em meio à tormenta se encontrar.


domingo, 24 de julho de 2011

As vezes somos forçados a juntar os cacos
a pensar nos tornando menos opacos
não que sejamos assim tão brilhantes
talves sejamos como estrelas distantes

que acumulam livros intactos nas estantes
que se apegam a mínimos pequenos instantes
como o verme que se prende ao corpo cadavérico
pobres escravos do estético

limitados seres de visão curta, seres crentes
dependentes, pedintes de uma força transcendente
detentores do sistema que se diz lógico
passional, racional ate mesmo trágico

domingo, 10 de julho de 2011

Encontro

Se me dado fosse a condição de DEUS,
Conhecer, puxaria uma cadeira, papel e isqueiro
 Talvez lhe recitaria poemas tão meus
Talvez devesse deixá-lo falar primeiro

Em meio a neblina, pranto, riso e rima
 Um cheio copo, de algo forte com ele me ponho a comungar,
E do riso ébrio de Deus, trovões vem de cima
E os ventos dão a impressão de que tudo vão tragar

E a passos tortuosos com ele caminharia
Contemplando com ele cada mínima euforia
Deste nosso embriagar, intempestivo
Que tem contido nele, o positivo e o negativo,

Depois de alguns tombos, e mais copos,
Voltamos, pra beira da guia cheirando alegria do amanhecer
Desiludidos natos, tristes como farrapos
Seria me dito, por D´ EUS jamais esquecer.   
  

sábado, 9 de julho de 2011

Massa

Sim somos essas pálidas sombras refletidas
Seguimos fluxos tristes, doces ilusões
Estas de alegria e perversões estão carregadas
Regadas a fetiches que mais parecem alucinações

Que contaminam as mais variadas ações
Também as emoções são adquiridas
Nas mais suaves prestações. Convenções,
De toda a forma a ser sentida,

Todas as formas e sensações, partilhada
Já diluída, mastigada disfarçada de informações
Não existe nada fora a exclusão está incluída,
Ela também se contamina com o mal das seduções.



quinta-feira, 7 de julho de 2011

Face

Se fechado por paredes
perdido em pensamentos
cooptado pelas redes
que aprisionam o momento

Ritualisticamente fixado num mural
seguimos, ensaiados feito coral
para burlar o esquecimento
essa heresia provável do tempo

Pavor que assola a "civilização"
desde simples indivíduos
chegando até a coletiva ação
citando, em momento, os excluídos

Pois a teia reforça a exclusão
controla todo seu mundo
do protesto, da compra, à informação
Misturando a elite e o submundo.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Devaneios


E se de repente seu chão se abrisse


 Com tudo ao redor se desfazendo 


e se tudo, uma ilusão fosse


como que o mundo se contorcendo





Abismos se aprofundando de dentro


pra fora, como bombas de pensamento


por portas, espelhos e paredes me adentro


gritos, sorrisos, covardias e lamento


  


Daquilo que nem se sabe ou saberá


em tudo aquilo que não se cabe ou caberá 


aos devaneios mais lógicos, sentimentos 


embaralhados, opacos, vários elementos,   





Que numa trama insandecida 


rege toda minha vida 


Sem nenhum destino prescrito 


doido, inintendivel, como quase tudo isto.


terça-feira, 24 de maio de 2011

Dúvida

Imagens percorrem minha mente
das ausencias e dos problemas inconscientes
lembranças de alegria e monotonia
ao longo do caminho que percorria

Barreiras vencidas, jogos perdidos
percursos familiares vividos
soluções problemáticas vertidas
dores e emoções sentidas

Como marcadas com a brasa do aço na alma
brasa da chama da vida que queima e congela
integra, enlouquece e acalma
intrigante como a beleza distante da estrela

Diferentes caminhos espreitas
concretas respostas rejeitas
não buscando uma solução
sendo desvendada ou não.

domingo, 15 de maio de 2011

Pranto

Se hoje eu choro
é porque ainda doe
doe a razão e coração inteiro
apertado e prazerosamente amargo impõe

todo esse sofrimento
que esse canto de lamento
grita para denunciar,
palavras num papel, para tentar curar

todas essas feridas ainda profundas
são marcas que nunca vão desaparecer
de cacos de sentimentos, oriundas
de trincados e estilhaçados amores

que de tanto reconstruído, só restam pedaços
pedaços de memórias de paixão perdida
que vão se desprender, da
alma, mas que jamais serão  esquecidos.

sábado, 14 de maio de 2011

Desencontros

Se por estradas diferentes
encontramo-nos ausentes
distantes como o sol e a lua
minha boca está da sua

Impossível que eu te possua
ja que livre tu és
então sem sorte ou reves
agora as possibilidades são suas

Tem nas pontas dos dedos o céu
E todo o infinito verás que e seu
verá coisas que jamais percebeu
amando e odiando tudo o que se precedeu

Infinitos assim seu futuro e o meu
Viva a vida com orgulho
que contraditoriamente que incluo e me excluo
jamais estarei como o que nunca se viveu.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Reflexões

Somos levados a rever antigos amores
retornam de um vestido antigo, novas cores
despido de qualquer expectativa
Só que com marca profunda e cativa

De tempos idos, nostálgicos, feridos
por cacos de sentimentos quebrados
ao longo de quedas e consertos
que um dia não mais se regenerou, fatos

retratos filmes, experiencias, lembrança
que não estão cicatrizadas, doem
sangram, na memória com a razão dança
cessa-se a clareza, então certezas se destroem

Resta então o intento, de seguir no torto,
ou no reto, alvejado por cacos, eterno desconforto
que com tempo que corre a remediar, a de confortar
Conservando na memória a dor e o prazer de amar.

Ação

Por caminhos incertos
idéias se propagam
como a chuva salva o deserto
como vagalumes que não se apagam

reluzendo em meio ao obscuro
com a encruzilhada me deparo
deparo sem olhar para o lado
passo a olhar os lados, nunca parado

Pois idéias por idéias, fica-se estagnado
A ação que é transgressão
Com o pensamento está embolado
E assim que se forma a expressão

Relação com a natureza
traduzido pela cultura
misturando alegria e tristeza
derrubando qualquer pronta estrutura

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Sombras Luminosas

Somos sim parceiros da descrença,
os mais crentes na diferença,
da mudança que sempre retorna
que em diversas formas se torna

Rejeitando a mesma face,
que tem medo do mesmo
Pela estrada comprida e sem saída se espalhasse
Pelo escuro, pelo amargo, pelo doce, pelo ermo

Levantando, caindo mas sempre seguindo 
sabendo ou não para onde vai indo
levando nos sentidos a experiência
não existindo ciência, com tal sabedoria

Construída com empiria  
que machuca e afaga com plumas e facas
essa proporciona prazer e agonia
sombras luminosas de uma vida trágica.   

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Natureza

Somos essa massa desgovernada
como boiada estourada
como manada que marcha
sem eira, nem beira, que não se encaixa

Somos um bolo amorfo
que gruda como mofo,
ou lodo, na face do planeta
que nos expeli com a tormenta

Aumenta então a tensão,
entre homem e imensidão
e esta tende a sobrepujar
com toda infinitude, para o homem ironizar

Com a sua fortaleza
Soberana e suprema natureza
Assim sem nem pensar
Montando seu cerco, irá nos subjulgar.

Pensamentos

Sentado em minha cama
enrolo meu cigarro
penso no meu drama
na trama em que me agarro.

Em tudo que se ama
a tudo em que me amarro,
e a minha alma clama
a paz na qual esbarro

E este momento sublima,
nesta ilusão me amparo
mas sei que este clima
são momentos raros,

de euforia e de estima
que com o trágico se depara
e nossa vida prima
por beleza, tragédia e tara.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Caminhante

- Ei você ai de cima
- Com essa cara, esse clima
- Quem ta falando?
- Ei trouxa, eu to dizendo
- Mas que e que você sabe
- Sei de você esnobe,
- Sei pra onde você corre
- Quando a luz de ti escorre
- Então não seja alheio
- A sabedoria ao consselho
- A você sou anterior
- Que está no seu interior
- Digo então erga a cabeça
- E da dor não se esqueça
- Caso contrario ele torna a doer
- E você vai estremecer
- Chorar não adianta
- Todo mundo caga e anda
- Para sua lamentação
- Contigo não chorarão
- Mas quem é você que fala ja que estou sozinho
- Eu sou a curva, a curva do caminho
- Sozinho não estará
- No teu caminho a curva sempre entrará

terça-feira, 26 de abril de 2011

Idéia

Por entre portas abertas,
por janelas indiscretas
idéias complexas, brotou
trazidas quando o vento soprou

Sobrou na avenida
pensamentos que guarda
aguardada euforia
perplexão e alegria

De um devir, de um dia
que não existe, ou existiria
Paría então o hoje
Com gozo, agonia; Age

grita, regugita e górfa
como reflexo que abafa
de pensamento vivo
como a rocha, o vento e o livro.

Amar e viver

Comecei a entender o amor
quando parei de amar,
quando vi brotar a dor
comecei logo a pensar

pensar no todo da vida,
na realidade, como ela é lida
aos diversos pontos de vista
que não consta na capa da revista

De como estar vivo é sofrer
e como também é amar
e que são frutos da vida a colher
são sentimentos, as vezes, a calar

A agonia que é energia
para vida continuar
da paixão e da penúria
da beleza de viver e de amar

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Tem dia que é pra sair choro
Mas na contramão vem o riso
De um erro preciso, impreciso
Que em palavras de improviso
Trazendo flores e espinhos,
nos desvios e curvas dos caminhos
as vezez coberto pelas flores,
as vezes furado por espinhos
catatônico, sozinho
devaneios dos caminhos
de um passado ou futuro que não existe
mas que na mente a busca persiste
e no final da pergunta desiste
de encontar apenas um desígnio.

Vivo

Ajo por instinto,
o que me move e a compulssão
não se busca perdão
Nem tempo pra lamento

Reflexos inevitáveis e instáveis
Resultado, daquilo que se fez
Confortante ou doloroso momento
Toda colheita do que planto

Escaras e sequelas e o que se fez
marcando minha alma e de outros talvez
Cicatrizes que me fazem prosseguir
Pelos vários caminhos, que tenho pra seguir

Caminhos, destinos, ás vezes, distintos e doídos
Que a historia nos ensinou, pelo passado presente
Para a alma transcendente, endurecida e fraterna com o todo
Mas como aluno descrente ei de errar novamente.

                                                             Bruno Nielsen Venancio