Se o meu corpo é minha casa
tenho eu que cuidar dessa casca
que de mal tratada falha
voa velada pelo vento, como a folha
Defendendo-se através de vertigens
de pavor e virtudes dignos de virgens
que ao se deparar com luxuriosa perversão
desse perverso mundo de que são,
Maltratada casca recheada de ilusão
bem, mal, dessa paradoxal paixão
que remete a vida introvertida,
de efemeridades, que pura e simplesmente é regida
Régia forma patética de existir
que em momentos friamente nos pautamos no devir
de algo que se quer aconteceu
sendo eu, tão degenerado quanto Prometeu.
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