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quarta-feira, 21 de maio de 2014

Memórias que falam

As vezes me lembro de dias tranquilos
de um passado, o qual, muito bem eu vivi
do tempo em que compridos eram meus cabelos
assim como o meu desejo e curiosidade, chave,

de portas, sendo abertos, não importa
o quão profunda fosse, seria ela aberta
muita viagem longa, sem mesmo sair do lugar
muitos amigos loucos com sua presença ainda a nos brindar

há alguns outros, inesquecíveis, em outros planos
talvez, esperando um encontro no próximo bar
saudosa memória, que os olhos molham ao passar os anos

também me lembro de tempos intranquilos
daquilo que a cada suspiro a memória teima em não esquecer
de cores, sons e cheiros, que ainda hoje arrepiam os pelos

que faz o coração acelerar e estremecer
um turbilhão de ideias em confusão e foscas
como que assim vagando numa paranoia louca
que pouco a pouco, de você e de tudo te faz esquecer

e por mãos de amor, fraternidade e entendimento,
memórias obscuras foram naturalmente clareando
se refazendo, voltando ao lugar o sentimento
e assim de algo demolido, fui eu me reconstruindo

Inspirado em cada mão amiga do caminho
calejado pelos buracos profundos e pelas trombadas
sigo eu, mas nunca mais segui sozinho

Além de minha mãe, meu velho pai
cada amigo, que em presença ou lembrança não se vai
tenho também cá comigo, um anjo e nosso amor como abrigo.

terça-feira, 13 de maio de 2014

Eu e a poesia

Fecho os olhos, abro a alma
levanto voo, me invade a calma
o tempo não existe mais
eu vou pra longe demais

de qualquer razão ou teoria
os dedos em plena alegria
a tristeza pondo-se a relatar
e do espirito o mundo como altar

expiro então uma rima vadia
que some hoje, volta um dia
hora tranquila, outra, arredia

de um que chorava, outro sorria
da moça bonita, ou a nuvem fria
em coito de eterno fruto, eu e a poesia.