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segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Ei você....

Ei você que vota no psdb
que troca todo ano de carro, apartamento e TV
ei você que fala que está tudo errado
e sai falando no seu Iphone importado
ei você que fala sobre corrupção
e sai furando fila e pratica sonegação
ei você que não aceita essas bolsas não
mas que o financiamento público custeia
seu comércio, seu gado e a sua plantação
ei você que fala em ditadura comunista do pt
leia se informe basta alguns conceitos estudar
como por exemplo justiça social, reforma agrária caso se importar
e assim talvez possa se transformar
essa sua velha opinião formada
pela revista veja e aquilo que a rede globo põe no ar

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Vinte e Oito

Desde que me lembro, era tudo torto
começando dos meus olhos atrás das lentes
ai então foram meus dentes
tudo era disforme se visto de perto

desde sempre assim inquieto
sempre falando, o silêncio quebrando
um chorão vira e mexe chorando
uma tristeza, uma partida desse jeito

e que entre um pensamento e outro
historiando, foi fincando meio doido
raulseixista, quixotesco e roto

assim com calma e meio afoito
ao mesmo tempo com razão e muito louco
de repente vinte e oito.

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Uma voz que não se rende

Assim como uma praga
que pela boca se propaga
e o racista se destaca
e voraz seu veneno ataca

ele se esconde, ou, mostra cara
não importa sua tara
e o diferente, indiferente não tolera
e quando pode seu preconceito reitera

ele ofende ferozmente, não entende,
a diferença, ele quer eliminar
mas de repente, uma voz que não se rende

e se junta a outras tantas a se indignar
contra essa doença a tanto tempo a se espalhar
como herança de uma sociedade que se pois a escravizar.

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

A luz do luar

A luz do luar
ou simplesmente Raul
sempre o muro a pular
e em guerra com Zeul

um carpinteiro do universo
fumando o cigarro do sucesso
e que também vai reclamar
na pista não vai parar

e quando acaba ele é o maluco
que vai ficar com certeza
movido a álcool e com a poesia

pois há tantos caminhos
vivendo a loucura em meio a guerra dura
e dentro de si a sociedade alternativa e a nova era.

domingo, 10 de agosto de 2014

Meu pai

Meu pai, eu num tenho muito o que dizer,
tudo o que pensar, ou mesmo fizer
não vai mesmo assim traduzir
o amor, que simples palavras podem reduzir

em simples frases um sentimento
que se demonstra como alimento
da construção e reconstrução
que nunca acaba e a emoção

emana assim do coração que fala
o que a voz por si, as vezes, cala
e assim pelos cantos espalha

e assim simples como uma casa de palha
e gostoso como a comida feita a lenha
é como sonho que junto se sonha.

quinta-feira, 31 de julho de 2014

Sonho de Dois Mil e Oito.

Hoje eu acordei em dois mil e oito
andando pelo calçadão da UEL tão bela
fui assim comer um veneno logo as oito
passei por Bitelo, Deley e Andrea, sentei e olhei a janela

Nos encontramos depois na capela
passa pra cá, passa pra lá, só ideia que rola
o tempo, o pensamento, a história, não importa
o tema circula em constante variação, toda torta


No R.U. encontrei Matheuzinho, Valada e Thiagão
sentados no gramado com Gilsão, Camila e Sidão
rindo e esperando, ai foi quando chegaram Lester e Tulião

E assim num sobressalto me vi acordado
procurando zonzo, suando e assustado
olhei de lado e me dei conta que era apenas mais um sonho do passado.

sexta-feira, 11 de julho de 2014

País do futebol

E assim me peguei sonhando
no campo lá do fundo
dos "prédinhos" da minha infância
como todos por ai, com dor e delícia

onde a falta da camisa é a identificação
onde a falta de chuteira é suprida pela imaginação
a bola não rola redonda
e a dificuldade do domínio aprimora a matada

onde ao correr dos dias os talentos nascem
e pelas ruas desorientados crescem
e a maioria deles perecem

a burocracia financeira domina
empresários e uma força física obscena
o vil metal e o desejo predomina

quando foi que trocamos?
Duas pernas tortas imprevisíveis
a força e lucros "imprescindíveis"
quando é que optamos?

Por um chutão longo e forte,
à um calcanhar desconcertante
e tocar de lado simples e seco
á partir pra cima e tentar o elástico

resumindo o futebol ao lado prático
matando todo místico e mágico
deixando assim sonhos opacos

reflexões e mudar é necessidade que se faz latente
desde indivíduos em si internamente
pra que vidas, existências e futebol se façam diferentes.


sexta-feira, 27 de junho de 2014

Morte

Algo para o qual basta estar vivo
todo e qualquer pode ser alvo
faz ou não seu doloroso alarde
alguém que parte outro que perde

se por um acaso, desastre
uma doença triste, entre,
um ou outro passo, um tropeço
um fim, um meio ou um começo

inevitável destino a ser aceito
tal como o vazio no fundo do peito
que as vezes nem o tempo da jeito

mas se for pra chorar, faz-se aqui assim
com papel, caneta e poesia sim
a tinta são as lagrimas que a caneta derrama por mim.

segunda-feira, 23 de junho de 2014

Tropeço poético

Andando por aí,
tropecei numa poesia
distraído quase caí,
de uma nuvem fria

montado em uma ideia
a galope então saí
pensando no que faria
no que foi ou ainda vai

rabisco a feia caligrafia
uma rima que se esvai
de algo que se dizia

que eu já nem me lembro mais
perdida pelos labirintos da memória
que tinha um pouco de guerra outro tanto de paz.

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Memórias que falam

As vezes me lembro de dias tranquilos
de um passado, o qual, muito bem eu vivi
do tempo em que compridos eram meus cabelos
assim como o meu desejo e curiosidade, chave,

de portas, sendo abertos, não importa
o quão profunda fosse, seria ela aberta
muita viagem longa, sem mesmo sair do lugar
muitos amigos loucos com sua presença ainda a nos brindar

há alguns outros, inesquecíveis, em outros planos
talvez, esperando um encontro no próximo bar
saudosa memória, que os olhos molham ao passar os anos

também me lembro de tempos intranquilos
daquilo que a cada suspiro a memória teima em não esquecer
de cores, sons e cheiros, que ainda hoje arrepiam os pelos

que faz o coração acelerar e estremecer
um turbilhão de ideias em confusão e foscas
como que assim vagando numa paranoia louca
que pouco a pouco, de você e de tudo te faz esquecer

e por mãos de amor, fraternidade e entendimento,
memórias obscuras foram naturalmente clareando
se refazendo, voltando ao lugar o sentimento
e assim de algo demolido, fui eu me reconstruindo

Inspirado em cada mão amiga do caminho
calejado pelos buracos profundos e pelas trombadas
sigo eu, mas nunca mais segui sozinho

Além de minha mãe, meu velho pai
cada amigo, que em presença ou lembrança não se vai
tenho também cá comigo, um anjo e nosso amor como abrigo.

terça-feira, 13 de maio de 2014

Eu e a poesia

Fecho os olhos, abro a alma
levanto voo, me invade a calma
o tempo não existe mais
eu vou pra longe demais

de qualquer razão ou teoria
os dedos em plena alegria
a tristeza pondo-se a relatar
e do espirito o mundo como altar

expiro então uma rima vadia
que some hoje, volta um dia
hora tranquila, outra, arredia

de um que chorava, outro sorria
da moça bonita, ou a nuvem fria
em coito de eterno fruto, eu e a poesia.

segunda-feira, 7 de abril de 2014

Complemento

De toda certeza sou eu a contradição
de toda paixão sou a razão
da sanidade sou eu a loucura
do dia claro sou eu a noite escura

do meu peito, é você o coração
é então o sim do meu não
do meu caos é a tranquilidade
calma do campo em minha cidade

a paz que sem pedir invade
o sonho presente em minha realidade
é então a ideia do meu pensamento

a parte singular de cada momento
da estagnação meu movimento
das revelações é o meu segredo.

terça-feira, 1 de abril de 2014

Golpe

À aqueles parados fumando na esquina
aos que falaram das flores
os que provaram destes cálices
a todos que ficaram em cana

Para os amores que só restaram as dores
aos ossos ainda em vala desconhecida
as mulheres violentamente violadas
aos desaparecidos contestadores

Às mentes torturadas para sempre afetadas
as crianças para sempre abandonadas
em memória e vergonha de todos os horrores
para que não esqueçamo-nos dos ditadores

hoje sem sua farda e suas flores
continuam no planalto furtivos feito ratos
escondidos, bandidos, em diferentes cores
ainda mancham o presente com o sangue de seus rastros

terça-feira, 25 de março de 2014

Entre os pensamentos

Na velocidade da luz do pensamento
eu me acho me perdendo
pela luz que atravessa o olho torto
eu enxergo me cegando

de escuridão vou me iluminando
e de longe eu estou perto
de sanidade vou me entorpecendo
e assim parado eu salto

e mesmo calando solto um grito
asfixiado ainda assim respirando
estando preso ao mesmo tempo solto

sempre indo e voltando
na calmaria ou em mar revolto
leve feito uma pluma e o pensamento pesando.

sexta-feira, 21 de março de 2014

Distraída disconfiança

Se poem em marcha
uma conhecida causa
não como tragédia mas farsa rasa
em uma velha e distorcida faixa

não se encaixa, uma falácia
envolvendo um deus, propriedade, família
expoente, latente de uma ânsia
por executar verdades, eliminando a quilha

tornando as superfícies planas
não há espaço para arestas
as opções são apenas estas

prefiro eu as curvas as estradas retas
metamorfoses às constâncias aparentes e pequenas
escolhas próprias distraídas vivências mesmo que a duras penas.

À mulher

Eu acordei e não sabia
que era esse o seu dia
e assim sem muito entender
o dia ou mesmo a mulher

ou o amor assim confuso
por suas belezas eu rezo
e em cada linha do meu verso
conto e componho o universo

o certo e o inverso eu queira
se em parte ou mesmo inteira
é então minha companheira

lua do meu céu de prata
jequitibá da minha mata
sonho real que eu não quero despertá.

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Ecos da vida

As vezes me sinto entrincheirado
alvejado pelos ecos da vida
um grito silencioso e profundo
pretensioso buscando uma saída

uma mente, um tanto, poluída
um caminho, me encontro, perdido
pensamento sobre pensamento, dúvida
nada de tudo que tenho entendido

sido ou dito, foi então destruído
renascido, uma cilada, uma cartada
diferença e um ser sendo transmutado

assim o caos uma porta destrancada
o tempo da mudança o fluído
a paz uma chave continuamente sendo construída.

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Aconchego das Palavras

Venho nas palavras buscar o aconchego
pro desassossego do mundo
procurar respostas que não consigo
mastigando, engolindo, ruminando, remoendo

fazendo de tudo, não entendendo nada
só uma esperança morta e revivida
tantas vezes, sem saída, ou a menor ideia
uma loucura qualquer, a linha da plateia

e todo verso é uma estréia diferente
solvendo a tristeza, sombria, descrente
deixando leve a alma da gente

que por algum tempo silencioso
esquece isto ou aquilo outro, desfaz-se
dissolvendo em êxtase e pleno gozo.

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

No Mar

No mar eu já vi a tempestade
No mar eu já atravessei cidade
No mar eu já passei por calmaria
No mar eu já senti a noite fria

No mar remando ou nadando
No mar com as ondas quebrando
No mar todo em que me banho
No mar em meio ao rebanho

No mar já tracei plano
No mar já faz uns anos
No mar em que me vejo e me engano

No mar eu vivo amando
No mar vivendo dia por dia
No mar que extasia e tudo segue levando