aos que falaram das flores
os que provaram destes cálices
a todos que ficaram em cana
Para os amores que só restaram as dores
aos ossos ainda em vala desconhecida
as mulheres violentamente violadas
aos desaparecidos contestadores
Às mentes torturadas para sempre afetadas
as crianças para sempre abandonadas
em memória e vergonha de todos os horrores
para que não esqueçamo-nos dos ditadores
hoje sem sua farda e suas flores
continuam no planalto furtivos feito ratos
escondidos, bandidos, em diferentes cores
ainda mancham o presente com o sangue de seus rastros
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