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quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Mudança

Quando as vezes forçado a refletir, sobre mim mesmo
paro e me perco em meio a palcos, palácios e palafitas
em meio a tanta vida que jorra assim jogada ao esmo
erros, ensaios, acertos, meros ensejos para que se reflitas

Sobre o choque entre as diversas opiniões, oposições
das ideias mais distintas, que por mais distantes talvez se aproximam
talvez algo que verse sobre uma certa crítica da crítica crítica, criticam
todos os escribas, letrados, filósofos, doutores e suas soluções

Contemplando as mais diversas situações, problemas criados fora
para que de fora dependas toda a busca o entendimento de si
quando tudo que te bastas nada nessa densa alma, de onde aflora

Todo o sonho que move a imensidão e compõe a vida e nasce
dele todo impulso que mais no susto nos faz levantar ir lá para fora
viver, sobreviver, reviver, subverter, inverter e desdizer tudo o que eu disse.  

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Sonhei

Sonhando tranquilo, infelizmente acordei
tropecei, cai de canto, mal andando
mal cantando, como que de olhos fechados levantei
meio caindo, seguindo torto meio bobo caminhando

Com passos de criança que desajeitada dança
que tem o vento, lento, reto que traça
passa, leva e lava a alma de lágrima
que cava e encrava, um leito de sofrimento e magma

Que marca na alma depois que a chama se apaga
numa dor doída como ela só,
nó na garganta, peito apertado, saudade amarga

Distância larga, cabeça longe o amor me foge
como o coelho correndo, ou Alice caindo no espelho
nos meus olhos vermelhos, de ontem que doí hoje

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Soneto ao Samba

É num samba rasgado, florido do sábado
bem simples cantado, de pandeiro e violão
lembram dos que já passaram saúda os que virão
chora triste, lamentação de um peito tão chorado

samba quebrado, que segue pesado, poeira levanta
e todo mundo se assanha, sandália sozinha começa sambar
morena quebrando, seus cachos saltando, vestido a rodar
olhos brilhando, sorrindo, tentando a tristeza espanta

de um peito doído, rasgado e aflito de tanto se agoniar
mas se é disso que é feito a vida, o amargo e a delícia
vivamos intensamente cada sol e cada lua a se colocar

a boêmia, a poesia que é só sua, vem me iluminar
pelo ar compõe a minha alma me faz continuar
continuar nesse caminho sem eira nem sentido, caminhar.