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sexta-feira, 20 de julho de 2012

Hoje

Eu não vivo ontem pois não existe
nem o amanhã que se quer existiu
bebo do hoje, e é nele que persiste
toda minha gana que nunca desistiu

e nem desistirá de viver e de amar
de sofrer e de pensar, ou de rimar
sobre a vida, a beleza da mulher
os mistérios que se quer acolher

que trazem a vida a graça do entender
os diversos nuances peculiar a cada ser
movendo o desejo, mais e mais conhecer

é isso que move a vida, é apreender
daquele instante, de cada instante
aquilo que está próximo pronto para ceder

palavras, caricias, líricas a se ouvir
amores sem limites, apenas pode se sentir

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Sua Voz

Em minha mente fulgura você sorridente,
fico então paralisado, pasmo, apaixonado
com todo o seu charme, que conquista discretamente
totalmente, alma e coração pouco a pouco tomado

Por essa voz, que trás tantos acalantos, 
acalmando meu coração, assim como a fera é amansada pela canção
soa para mim, como para Odisseu a sereias e seus cantos
porém tens mais encantos do que qualquer lenda ou mitificação,

Quando em seus braços, tempo e espaço são pura fruição 
que bate fora compasso e não tem preocupações 
tristezas, ou, intranquilidades o que sinto é o pulsar do seu coração

Então estar contigo, não tem para mim uma expressão bem definida
é uma sensação de felicidade quase incontida, as palavras secam
minha mão formiga, é uma imensidão de ideias pra dizer a ti minha querida.

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Desatinos

Olha só até parece coisa do destino
o caderno aberto, perto, pronto pros meus desatinos
desconexos, procurando se encaixar, dar algum sentido
tentando serem vistos ao tempo que são dissolvidos

Por serem desatinos, complexos paradoxos
irônicos mas ao mesmo tempo sinceros
como a criança que em sua ânsia a todos deixa perplexos
complexo como todos os seres desde o tempo de Homero

Ao passo que simples frases desatinadas
jogadas em meio a linhas longas e espaçadas
constroem algo que versa a moda ritmada

E toma corpo e alma tornando-os inflamados
pela aura da qual se lê ou se está escrevendo
ao ritmo que se versa vai ou não se compreendendo.

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Criação

A caneta que acaricia o papel
é a mesma caneta que aperta a cabeça
em busca, de uma sílaba, de uma palavra ou verso ao léu
buscando eterniza-los, antes que deles se esqueça

Cabeça que reflete várias dimensões
que busca se libertar de verdades sem contestações
da concretude, mas que age com pensamento e pensa com ação
por entre lendas e a própria mitificação,

Das dimensões se levam as partes de uma composição
totalmente múltipla com várias faces e interpretações
limiares que beiram o racional e a emoção

Composição esta que é embalada pela caneta
num apoteótico ritmado verso melódico
no final não se distingue o sangue do poeta e a tinta da escrita.