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segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Manifestação Poética

Uma ideia velha
sem saber se quer qual era
pintada de amarela e ira
na paranoia vermelha

xinga, ofende e agride
clama pela morte
ódio ao diferente
que bate, tortura e invade

na periferia não é novidade
violência sem medida e abuso
no calor da ferocidade

que se faz presente
nas agressões intolerantes
e pedidos pela volta da ditadura por transeuntes.

Agora cabe-me aqui falar
o quão violenta e mortífera
quantas famílias ainda hoje à agonizar
pelos seus mortos de forma sorrateira

e que ainda permanecem desaparecidos
quantos "Herzogs" cometeram "suicídio"
sem prisão, corpo ou indício
apenas rumores, sussurros  e ruídos

no regime dos óculos escuros
da repressão, dos atos institucionais
dos interrogatórios que não entraram pros anais

de um lado o vermelho  do sangue
de outro estão envoltos nas cores da bandeira nacional,
mas o principal é que a memória segue

viva cambaleante, mas que ainda luta
e que continua no front
para que aquela Dita tão dura não se mostre mais no horizonte.