Total de visualizações de página

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Natureza

Somos essa massa desgovernada
como boiada estourada
como manada que marcha
sem eira, nem beira, que não se encaixa

Somos um bolo amorfo
que gruda como mofo,
ou lodo, na face do planeta
que nos expeli com a tormenta

Aumenta então a tensão,
entre homem e imensidão
e esta tende a sobrepujar
com toda infinitude, para o homem ironizar

Com a sua fortaleza
Soberana e suprema natureza
Assim sem nem pensar
Montando seu cerco, irá nos subjulgar.

Pensamentos

Sentado em minha cama
enrolo meu cigarro
penso no meu drama
na trama em que me agarro.

Em tudo que se ama
a tudo em que me amarro,
e a minha alma clama
a paz na qual esbarro

E este momento sublima,
nesta ilusão me amparo
mas sei que este clima
são momentos raros,

de euforia e de estima
que com o trágico se depara
e nossa vida prima
por beleza, tragédia e tara.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Caminhante

- Ei você ai de cima
- Com essa cara, esse clima
- Quem ta falando?
- Ei trouxa, eu to dizendo
- Mas que e que você sabe
- Sei de você esnobe,
- Sei pra onde você corre
- Quando a luz de ti escorre
- Então não seja alheio
- A sabedoria ao consselho
- A você sou anterior
- Que está no seu interior
- Digo então erga a cabeça
- E da dor não se esqueça
- Caso contrario ele torna a doer
- E você vai estremecer
- Chorar não adianta
- Todo mundo caga e anda
- Para sua lamentação
- Contigo não chorarão
- Mas quem é você que fala ja que estou sozinho
- Eu sou a curva, a curva do caminho
- Sozinho não estará
- No teu caminho a curva sempre entrará

terça-feira, 26 de abril de 2011

Idéia

Por entre portas abertas,
por janelas indiscretas
idéias complexas, brotou
trazidas quando o vento soprou

Sobrou na avenida
pensamentos que guarda
aguardada euforia
perplexão e alegria

De um devir, de um dia
que não existe, ou existiria
Paría então o hoje
Com gozo, agonia; Age

grita, regugita e górfa
como reflexo que abafa
de pensamento vivo
como a rocha, o vento e o livro.

Amar e viver

Comecei a entender o amor
quando parei de amar,
quando vi brotar a dor
comecei logo a pensar

pensar no todo da vida,
na realidade, como ela é lida
aos diversos pontos de vista
que não consta na capa da revista

De como estar vivo é sofrer
e como também é amar
e que são frutos da vida a colher
são sentimentos, as vezes, a calar

A agonia que é energia
para vida continuar
da paixão e da penúria
da beleza de viver e de amar

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Tem dia que é pra sair choro
Mas na contramão vem o riso
De um erro preciso, impreciso
Que em palavras de improviso
Trazendo flores e espinhos,
nos desvios e curvas dos caminhos
as vezez coberto pelas flores,
as vezes furado por espinhos
catatônico, sozinho
devaneios dos caminhos
de um passado ou futuro que não existe
mas que na mente a busca persiste
e no final da pergunta desiste
de encontar apenas um desígnio.

Vivo

Ajo por instinto,
o que me move e a compulssão
não se busca perdão
Nem tempo pra lamento

Reflexos inevitáveis e instáveis
Resultado, daquilo que se fez
Confortante ou doloroso momento
Toda colheita do que planto

Escaras e sequelas e o que se fez
marcando minha alma e de outros talvez
Cicatrizes que me fazem prosseguir
Pelos vários caminhos, que tenho pra seguir

Caminhos, destinos, ás vezes, distintos e doídos
Que a historia nos ensinou, pelo passado presente
Para a alma transcendente, endurecida e fraterna com o todo
Mas como aluno descrente ei de errar novamente.

                                                             Bruno Nielsen Venancio