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sábado, 29 de setembro de 2012

Tristeza

Tristeza? Tristeza é o que se arrasta pelo tempo
da vida, tristeza é tanto o fim quanto o que principía
juntando pedaços formando pequenos mosaicos de alegria
tão breves momentos, ás vezes tão discretos, que o corpo

Teima em não perceber. Alegria? Momento efêmero
de uma dor inesperada, pois se espera a plenitude,
algo tão intangível quanto ideal como espero
ser a alegria essa coisa fina que se desintegra como a infinitude

Frente aos olhos rudes de um sobrevivente, que subverte
toda razão que brota de onde nem se sabe e vai não se vê pra onde
ontem, hoje ou amanhã aquilo que se vê de forma corrente

Tudo, tudo de repente tudo que se sente é frieza e dor
tristeza, é o que se sobrepõe a toda míngua alegria,
é como uma nuvem fria que segue rondando o azul do dia pra se contrapor!


sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Adeus

Já não mais te posso ver
nem te tocar, nem te sentir
mas caso um dia se me rever
não te intimides, venha te gosto posso garantir

De braços e abraços estarei a lhe cobrir
com as mais lindas rosas
eu ei de te acalantar com as asas
de anjo e os mais belos cantos estará a ouvir

Na paz de uma casa na roça
irei eu e você a sonhar, para que possa
eu e você então.e o amor se trança

como as pernas e braços que se entrelaçam
duas pessoas que no amor bailam
se estasiando, sonhando o sonho que só os românticos sonham.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Vinte e Seis.

Há os anos, já vejo seu leito
esculpido, a lágrima, riso do mais variado jeito
é sim, foi a duras penas, nem simples, nem perfeito
defeito, é o que mais se vê, mas isso é em qualquer sujeito

Não é? Ora veja se me deixo levar.
se cai é para justamente poder arribar,
quando mais é que se perde mais está a se encontrar
no próprio labirinto que o homem se vê menino a se espelhar

No passado, que se faz vivo e da lembrança se alimenta
então passado e presente se batem reverberam pra ver se aguenta
o peso da memória, que pode ser sombria que assola  e arrebenta

Com qualquer idealismo, penso mesmo em estar vivo
e perdido em tudo isso nas aulas e nos livros sou meu próprio cativo
estou sempre a pensar, comer e sonhar é assim que eu sobrevivo!


domingo, 9 de setembro de 2012

Dizeres

Não mais me perco nos teus beijos, teus desejos
tão confusos, tão incertos, tão discretos, vejo os
seus cachos tão lindos tão dispersos, como versos
livres, com rimas brancas, gracejos, inversos

São os meus sorrisos, vertendo lágrimas, lavando
como tão pura água as tristezas e os pesares
como o coração acabrunhado, partido, sofrendo
calado como quem não tem fala nem pares

No momento em meu caminho, papel, caneta e espírito
cada qual com seu sentido vem pra me acalantar
essa é a fé, na qual eu mesmo sigo, caso contrário desacredito

Boto tudo abaixo, fico doido, doído, contrariado
sem ter como lhe falar tudo aquilo que eu preciso expressar
nesse momento que há tanto a ser dito tanto a ser mostrado.

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Procurando

E seguindo a estrada de tijolos amarelos
passos curtos, olhares belos e singelos
como se no tabuleiro estivesse jogando
xadrez com a vida e a cada casa pulando

Passando, procurando a uma certa saída
e vendo a cada vez mais invertida, digerida
toda peça toda oposição, situação ou invenção
construção de vida, de ideia, pensamento e ação

Que reverbera pelas vias mais sombrias
em cada canto em cada sentido atribuído
a cada palavra, gesto, intenções talvez frias

Talvez com as mais belas colocações,
mas ela pode ser amarga esguia, cheia de não conclusões
ou talvez até precipitada, que te eleva a infâmia cheio de afirmações.

 

domingo, 2 de setembro de 2012

Não me cabe

Não me cabe mais saber sobre seu caminho
não me cabe mais,  eu já aprendi a andar sonzinho
não me cabe mais  sofrer ou calar feito iludido
não me cabe mais, se fostes sincera ou tudo fingido

Não me cabe mais, há estou livre trilho meu caminho
não me cabe mais, aflito sentindo perdido sentido
não me cabe mais, nada disso, estou fora desse circo construído

Não me cabe mais, estar fugindo, fingindo não ver
não me cabe mais, deixar-me levar por falsos brilhos opacados
não me cabe mais, se quer pensar, só esquecer quando rever

Não me cabe mais, calar, resignar, ficar introspectivo
não me cabe mais, reclamar ou chorar pelo passado, passivo
não me cabe mais, estou calejado, cada vez mais, com cada luta que travo.