Noite vermelha, vento navalha
o frio me permeia, o som incendeia
a mão atrapalha, mente trabalha
a boca falseia, enquanto se enchia
de palavra, escrava, que trava
assim entala na goela
não sai e não mais fica onde estava
estrela, não há quem possa guiá-la
loucura sana, sagrada e profana
bacante, Baudalaire distante
flana, inflama, doidivana interna
torta, assim sem janela ou porta
viva ou morta, roda introspectiva,
soma daquilo que não importa.
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