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quinta-feira, 25 de julho de 2013

Inapto

Não, eu não, sei escrever
minha poética é rota, minha voz é rouca
ideias fulas, lírica pouca
métrica pobre, como me atrever?

Não, eu não, sei escrever
texto que não progride, rima louca
coesão inerte, tema que não foca
norma culta, nem se pode ver

Não, eu não, sei escrever
minhas palavras condenadas a forca
sem defesa, assim fica
então, a mercê de um determinado entrever

Não eu não, sei escrever
o canto que os velhos urubus evocam
sonhos são o que eles enforcam
ilusões, sentimentos, inverter e envolver.

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