Entre o chão e o céu a torre se enterra
em quem fica inerte, se omite não erra
o erro é lá no fundo, fugir do normal
deixar levar o mundo, sem destino final
sem roteiro, esparre, escudo de guerra
ou infortúnio, dos tempos mais escusos, que agarra
e pela porta dos fundos, desfaz-se tudo sobra só o sinal
tão quase é tudo, devorado pelo tempo, seja sublime ou banal
porém eu não me iludo sou preso também, pela sua amarra
de um nó forte e profundo do qual fuga não se tem, não corra
reflita, então, pergunte, como corre, se para ou se segue, carnal
ou instituído, ou o instinto do canto do animal
que percebe cada momento diferente, torra
cada caco de vida vivida, sempre levando a forra.
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