um samba tão velho que versa
de estrelas, de florestas de pedras, de casa
uma em cima da outra, sob a neblina espessa
de gente que não para, gente que não se fala
de ruas que falam pelas paredes, filas
filas que invadem, fazendo parte do viver
sob a chuva fina, garoa que corta e faz ver
universos que se chocam e não se notam
e são esses dias mesmo que cinzas, não importa
há uma mutação breve, que logo só memórias restam
e relatos fazem com que a alegria fugaz desse passado
seja levado pra todo lado, como gozo pleno de um momento
que por uma vida sem cores, nem cinzas, deva ser lembrado.
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