Em toda essa onda de normalidade
corro, pulo, trombo com minha insanidade
fugindo de ser o eu dessa sociedade
que toma, arrebenta com toda intensidade
e torna normal, em terra de convencional
consome, gela, petrifica, robotiza o carnal
tudo oficial, bem escrito, escroto, esquece o banal
ritual do segundo, sem segredo ou final
mais obscuro, impuro, indevido, prescrito
do mais pavoroso e restrito, aterrorizante grito
ao mais profano ou pervertido dito
a voz do mudo, a luz do cego o excluído
todo o lixo, profundo, solto pelo mundo,
humano ridículo, mas louco e pensando
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