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quinta-feira, 4 de abril de 2013

O leito da vida

De tudo que já atravessou minha retina
das páginas dos livros
os caminhos, á que se destina
ao asfalto, o barro, os carros
parvos, que não param, nem dão a mínima
só veem sinais, aptos e sinos
sem os quais o mundo já não interpreta, mas
vegeta num terreno reto e plano
o dito louco se navega pelo mar
empurrado pelas ondas
tragado pelas marés, brisa vem acalmar
em meio a ideias devoradas
o tempo que não passa se dissolve
ninguém mais se nota
hoje, aqui, agora é que se resolve
e a vida se faz morta
pega as sete, larga as quatro
sem pensar, apenas comprar
uma ideia, o pão, o vinho, rastros
do curso comum
sem curva sem abismo, tedioso
ao qual sigo não seguindo, nenhum
partido, impeto ou idealismo glorioso

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