já tenho muito o que fazer
mas preciso do de comer
vou então minha força penhorar
a troco de uns trocados
pra pagar água, luz e conjugado
confinado feito gado
úmido e apertado
eu e cinzeiro,
baseados em outros lados
caminhados, tão distintos, tão vividos
pelo vento sendo levado
sou assim água de cano
que em seu rumo tem ditames
nocivos como reclames
com sua norma e seu plano
em princípio de noite enluarada
sou comida, água e sonho,
dou um grito medonho
pra livrar-me dessa farda.
Venancio, Kajimata.
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