Ouça bem o que eu vou dizer
do teu perfume que não passa
o tempo que segue, o leve prazer
de estar ao teu lado que não cessa
de tudo seu cabelo, seus olhos
mesmo do fato de seres água, eu óleo
porém antagônicos, frente ao espelho
singular, mãos não mais ao léu
um desencontro dos mais encontrados
soava, violão, pandeiro e cavaco
talvez dois olhares cruzados
alheios, que se tornam familiares mosaicos
de dizeres tão singelos, tão profundos
formando-se assim o entender a partir de pequenos cacos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário