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terça-feira, 9 de abril de 2013

De encontro

Ouça bem o que eu vou dizer
do teu perfume que não passa
o tempo que segue, o leve prazer
de estar ao teu lado que não cessa

de tudo seu cabelo, seus olhos
mesmo do fato de seres água, eu óleo
porém antagônicos, frente ao espelho
singular, mãos não mais ao léu

um desencontro dos mais encontrados
soava, violão, pandeiro e cavaco
talvez dois olhares cruzados

alheios, que se tornam familiares mosaicos
de dizeres tão singelos, tão profundos
formando-se assim o entender a partir de pequenos cacos.

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