Peguei minhas perguntas fui ao neurologista,
sem resposta sentei no divã do psicanalista
desenganado fui indagar o altruísta
lamentando cheguei ao pai de santo
chorando chamei o bispo de canto,
penso, e como me confundo tanto?
E buscando o estético fui ao protético
conversei até com o cético,
versando com mendigo, me senti patético
profético, foi o dialogo com a criança
o eremita versou-me sobre distancia
disse o estudante o quão a leitura cansa
resolvi pensar livre do livro a minha vida
juntei as partes das idas e vindas
subi no disco voador, e fui buscar outra saída.
Espaço pra quem quer postar textos que ampliem e libertem de dentro pra fora os seres
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sexta-feira, 29 de julho de 2011
Seres
Acordei pra ver a vida que brota
de cada pedaço, de cada pensamento
de cada simples alma exposta
a este sol amarelo, disposto
Para os que querem e os que não podem
sua luz aprisionar, em seu pequeno piquete
apartando-o de tudo e todos que sofrem
supondo que a melancolia não existe
E nunca existiu se quer o medo, tanto seu
como que se toda maravilha fosse no eu
meu caro, deixe emanar de ti esse d'eus
de imperfeições e sonhos que sois
Deixe de ser maquina, você é.
Não queira ser Pedro, Paulo ou mesmo José
você já é, o que ninguém mais é, larga essa cruz
viva essa vida se embebedando em trevas e luz.
quinta-feira, 28 de julho de 2011
Camarada
Ei você meu irmão, com ideias e um giz na mão
Coração cravado de infinita intenção,
Que segue o seu curso, na água do rio
Parece que se assusta com este mundo vil
Covil, mas que é aconchego também
Aflige-te os frios corações de pedra
Que roubam de muitas almas ilusões, que vão além
Dessa torpe prisão interna que nos concreta
Caro camarada o bem e o mal inexiste
Então porque insiste na busca da mais justa das posições
Se das entranhas mais internas emanam as humanas ações
Se num ponto alegre sorristes, em outro chorastes triste
A vida assim há de continuar flutuando, pairando
Pelas diversas formas de pensar, ou amar, compreendendo
Que estar vivo e ao mesmo tempo gozar da plenitude
E no nosso para-inferno padecer na infinitude
Que assim como um mar que se aparenta perdidamente calmo
Pode de repente em meio à tormenta se encontrar.
domingo, 24 de julho de 2011
As vezes somos forçados a juntar os cacos
a pensar nos tornando menos opacos
não que sejamos assim tão brilhantes
talves sejamos como estrelas distantes
que acumulam livros intactos nas estantes
que se apegam a mínimos pequenos instantes
como o verme que se prende ao corpo cadavérico
pobres escravos do estético
limitados seres de visão curta, seres crentes
dependentes, pedintes de uma força transcendente
detentores do sistema que se diz lógico
passional, racional ate mesmo trágico
a pensar nos tornando menos opacos
não que sejamos assim tão brilhantes
talves sejamos como estrelas distantes
que acumulam livros intactos nas estantes
que se apegam a mínimos pequenos instantes
como o verme que se prende ao corpo cadavérico
pobres escravos do estético
limitados seres de visão curta, seres crentes
dependentes, pedintes de uma força transcendente
detentores do sistema que se diz lógico
passional, racional ate mesmo trágico
domingo, 10 de julho de 2011
Encontro
Se me dado fosse a condição de DEUS,
Conhecer, puxaria uma cadeira, papel e isqueiro
Talvez lhe recitaria poemas tão meus
Talvez devesse deixá-lo falar primeiro
Em meio a neblina, pranto, riso e rima
Um cheio copo, de algo forte com ele me ponho a comungar,
E do riso ébrio de Deus, trovões vem de cima
E os ventos dão a impressão de que tudo vão tragar
E a passos tortuosos com ele caminharia
Contemplando com ele cada mínima euforia
Deste nosso embriagar, intempestivo
Que tem contido nele, o positivo e o negativo,
Depois de alguns tombos, e mais copos,
Voltamos, pra beira da guia cheirando alegria do amanhecer
Desiludidos natos, tristes como farrapos
Seria me dito, por D´ EUS jamais esquecer.
sábado, 9 de julho de 2011
Massa
Sim somos essas pálidas sombras refletidas
Seguimos fluxos tristes, doces ilusões
Estas de alegria e perversões estão carregadas
Regadas a fetiches que mais parecem alucinações
Que contaminam as mais variadas ações
Também as emoções são adquiridas
Nas mais suaves prestações. Convenções,
De toda a forma a ser sentida,
Todas as formas e sensações, partilhada
Já diluída, mastigada disfarçada de informações
Não existe nada fora a exclusão está incluída,
Ela também se contamina com o mal das seduções.
quinta-feira, 7 de julho de 2011
Face
Se fechado por paredes
perdido em pensamentos
cooptado pelas redes
que aprisionam o momento
Ritualisticamente fixado num mural
seguimos, ensaiados feito coral
para burlar o esquecimento
essa heresia provável do tempo
Pavor que assola a "civilização"
desde simples indivíduos
chegando até a coletiva ação
citando, em momento, os excluídos
Pois a teia reforça a exclusão
controla todo seu mundo
do protesto, da compra, à informação
Misturando a elite e o submundo.
perdido em pensamentos
cooptado pelas redes
que aprisionam o momento
Ritualisticamente fixado num mural
seguimos, ensaiados feito coral
para burlar o esquecimento
essa heresia provável do tempo
Pavor que assola a "civilização"
desde simples indivíduos
chegando até a coletiva ação
citando, em momento, os excluídos
Pois a teia reforça a exclusão
controla todo seu mundo
do protesto, da compra, à informação
Misturando a elite e o submundo.
segunda-feira, 4 de julho de 2011
Devaneios
E se de repente seu chão se abrisse
Com tudo ao redor se desfazendo
e se tudo, uma ilusão fosse
como que o mundo se contorcendo
Abismos se aprofundando de dentro
pra fora, como bombas de pensamento
por portas, espelhos e paredes me adentro
gritos, sorrisos, covardias e lamento
Daquilo que nem se sabe ou saberá
em tudo aquilo que não se cabe ou caberá
aos devaneios mais lógicos, sentimentos
embaralhados, opacos, vários elementos,
Que numa trama insandecida
rege toda minha vida
Sem nenhum destino prescrito
doido, inintendivel, como quase tudo isto.
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