Há dias em que parece que o dia acorda torto
em que ares, ventos, não leva a nenhum porto
que seria talvez mais fácil se a terra te engolisse
que em torno de ti um buraco negro se abrisse
É quando o tempo para e então escorre
e fios de vida, de alegria e de paz corre
pra longe de ti, e desarmonia cerca-te
ficando ao redor, como figura de recorte
Coladas em papel, pardo, meio desforme
em torno de um redemoinho rondante
como uma espécie de órbita conforme
O caos que rege toda a paz de frente pra trás
nada como rever seja lá o que se fez ou se faz
São as pedras de um dia que se faz e desfaz.
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