Em uma floresta distante
o cisne era o cuidador oficial da saúde dos habitantes
dos trópicos era uma imensa floresta
e os cisnes não eram presentes em muitos lugares dessa mata,
cavalos, lobos, preas e pacas
passam a vida sem ver um cisne, ataca
a doença, contra-ataca com ervas e água abençoada,
a sabiá, coitada, morreu sem ser diagnosticada
até que um dia em tarde de revoada
corvos cuidadores,com suas boas novas recém chegadas
migraram. As formigas ficaram encantadas
pois lhes parecia chegou o grande dia
cuidar da saúde não seria apenas pra raposa e sua cria
o tatu ficou animado, depois de tantos anos cavando finalmente seria tratado,
a hiena ficou cismada, seu negócio de cadáveres seria abalado?
Mas o porco do jornal PIG estava inconformado
como o Conselho Geral da Mata havia permitido
que estes corvos estrangeiros, aqui viessem prestar seus cuidados,
ora essa sempre foram os cisnes, tudo estava muito mudado.
E os cisnes? Estes embalaram o coro
indignado, perdidos, desconfiados, berravam feito loucos:
- Como assim, eramos os únicos sublimes! A um corvo, EU, não me comparo!
E entre as tempestades, os ventos e o sol da tarde
na irônica florestas dos límpidos e cândidos cisnes intocáveis
corvos não podem cuidar dos ombros onde apenas o trabalho é que age e arde.
Nenhum comentário:
Postar um comentário